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Copa Intermunicipal de Sooretama / ES - Maratona

Copa Interestadual MTB

Fonte: FaceBook/ Copa Interestadual MTB

Calendário Copa Sul

Começa este mês a disputa pelo título de campeão da Copa Sul de MTB.
Segue calendário com as datas das etapas. Maiores informações na página oficial da organização no FaceBook: https://www.facebook.com/copa.suldemtb?fref=ts

fonte: FaceBook/ Copa Sul de MTB

SRAM X SHIMANO - Eu uso os dois... E você?

Durante muito tempo fui usuário dos grupos de marchas Shimano, e confesso que isso foi consequência de uma tradição que esteve presente durante os meus primórdios no MTB. Em 1990, quando comecei a participar de uma corrida aqui outra ali, no Brasil quando se falava em cambio para MTB, tínhamos como sinônimo a palavra SHIMANO. Tinha uma outra opção que era as peças da Sun Race mas que confesso, não eram tão boas, duráveis e precisas quanto as SHIMANO. Meu primeiro grupo para MTB foi um Altus A10.. seguido de SLX RACE e depois alguns anos mais tarde DEORE.

Então durante cerca de 24 anos eu andei por esse mundo afora de SHIMANO e defendia marca tendo não só a qualidade dos produtos, que é inquestionável, mas uma  boa dose de paixão e apego pela marca.

No ano passado comprei uma bike Scott que tinha originalmente peças SRAM, uma mescla entre câmbios X9 e passadores X7. Sempre fui um compulsivo por peças de bike, confesso. Muitas vezes trocava de peça por pura curiosidade de testar ou de ter uma melhoria, muitas vezes insignificante na bike. Quando comprei essa bike já tinha definido na cabeça que só ia trocar algo, quando a peça original tivesse sua vida útil chegada ao final. Bom não foi bem assim, mas melhorei muito.

Passei a usar o grupo SRAM e no começo confesso que não percebi uma diferença que fosse decisória por usar aquela ou essa determinada marca, omo tenho duas bikes, uma de AM com Grupo Deore XT completo e a minha "XC TRAIL" com grupo SRAM X9/X7 e freios Deore XT ( os melhores ), comecei a ficar atento e vou relatar aqui as MINHAS percepções.

O grupo SHIMANO tem uma troca de marchas mais suave, percebo que preciso fazer um movimento mais curto e aplicar menos força ao shifter para obter a troca de marcha. Os câmbios SHIMANO ( traseiro ), tem um corpo menor que previne algumas pancadas em pedras e deixa a bike com um visual mais clean. O câmbio fica mais " para dentro da bike".

Em compensação, no meu caso, que uso um modelo sem o sistema PLUS ( chave que trava o cage do câmbio ), percebo que o SHIMANO bate muito mais em rock gardens e tem algumas vezes uma perda de ajuste que é resolvida no micro ajuste do shifter. O cassete XT eu uso nas duas bikes. É leve, durável e de fácil limpeza. O preços das peças SHIMANO são mais baratos, se comparar um preço de um XT com um X9, o XT fica em torno de R$350,00 e um X9 em torno de R$410,00. Ou seja é menos caro repor algumas peças SHIMANO. Quem usa a bike no Enduro, All Mountain e DH, sabe que isso deve ser levado em conta pois acidentes nessas modalidades são constantes. Nesse ultimo ano a SHIMANO deu uma bela cartada lançando o sistema DI2 que utiliza a tecnologia wireless para transmitir os comando de troca de marchas para os câmbios. Um bela inovação, muito cara e pouco acessível, mas esta disponível.

O grupo SRAM estou usando a cerca de 5 meses, e uma coisa já percebi de cara, bate bem menos e a bike fica muito mais silenciosa nas trilhas do que quando uso o SHIMANO. A troca de marchas não é tão suave, mas é precisa e muitas vezes na trilha, responde de forma mais rápida deixando aquelas trocas em cima da hora mais fáceis de serem executadas. Saiu muito na frente com a relação 1x11 e tem opção de pedivelas de carbono, algo que a SHIMANO não oferece, trabalhando até mesmo no pedivela FC-M9000-1 XTR RACE ( topo de linha ) a tecnologia de moldagem de alumínio HOLLOWTECH.  Nos últimos anos a SRAM saiu a frente oferecendo aos bikers mundo afora, inovando os sistemas de transmissão e mudando bem o cenário do mercado mundial, até então dominado pela SHIMANO. Concorrência faz bem e a gente agradece.

Não há uma escolha que seja melhor ou pior, existem opções diferentes. Confesso que o grupo SRAM tem me agradado bem e não penso em tirar ele da bike de xc e já planejo alguns upgrades como cassete SRAM e futuramente se as pernas permitirem uma relação 1x10 ( 11-42 -  com One Up ) e coroa 32 na frente. Em relação a minha bike de All Mountain, a SHIMANO continuará lá com upgrades também já programados.

A SHIMANO sempre foi e sempre será a grande referência do mercado. Ficou apática alguns anos, acomodada pela liderança isolada de mercado, mas esse cenário hoje não é mais assim e ela esta buscando novidades para seus clientes. O DI2 sem sombra de dúvida será algo que vai ajudar a empresa a estar no topo do ranking com certeza.

Bikes TOPS X BIKE SIMPLES X BIKES USADAS

Desde de ontem esta rolando no facebook, em um grupo de compra e venda, uma discussão levantada por um dos usuários a respeito da "supervalorização" de peças e bikes usadas. Segundo o que relata este usuário, e a opinião pessoal dele pode não ser compreendida mas deve ser respeitada, ele não entende o porque dessa supervalorização e usa uma referência que pra mim não faz sentindo. Segundo ele uma bike que custou R$5.000,00, depois de um ano de uso não deveria ser vendida por mais de R$2.000,00. Quem acompanha meu facebook sabe que constantemente tenho peças e bikes anunciadas em minha página. Não sou lojista e nem vivo disso, mas como ando de bike há muito tempo, sempre tem aquelas peças que foram substituídas "sobrando" no armário de casa.
Ele alega que o pessoal usa o valor de bikes novas ( mesmo modelo ) como referência e que isso não é correto, visto que bikes novas passam por reajuste e variações do cambio do dollar. Bom, se você não usar o preço de um mesmo produto igual a seu, novo, para definir o preço de venda que você aplicará, qual vai ser sua referência? Impossível ser diferente, concorda?
O quanto você vai desvalorizar sua peça ou bike para venda, é uma decisão exclusivamente sua, e o mercado vai decidir se paga ou não o valor que você definiu.
Uma outra questão é o paradigma de que bike boa é bike cara. Olha, estou nesse esporte desde de 1991 e já tive todos os tipos de bike e posso te passar a seguinte opinião: BIKE BOA É AQUELE QUE ATENDE O QUE VOCÊ FAZ.
Se você pegar um ciclista que curte cicloturismo, viagens de 100..200 ou 300km esse cara precisa de uma bike resistente, confiável e que as peças de reposição não sejam tão caras, pois o desgaste das peças, principalmente a transmissão é pesado. Ele não tem meta para alto desempenho, chegar em primeiro ou apenas garantir um podium. O pedal dele é de regularidade e apreciação da natureza. Bikes de R$2.500,00 novas no mercado vão atender esse biker perfeitamente.
Agora se você pega um mountain biker, que esta no ápice de sua linha evolutiva, seja técnica mente ou fisicamente falando, equipamento faz toda a diferença. A indústria do ciclismo investe milhões no desenvolvimento de novas tecnologias de materiais, geometria e transmissão para diminuir o tempo de resposta do equipamento, aumentar a estabilidade, conforto e assim garantir para esse biker alguns segundos e menos de tempo no mesmo percurso. Por isso as bikes de nível race são tão caras. NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS. Você já teve a experiencia de comprar um bike de nível race e depois do pedal ter aquela satisfação de ganho de desempenho, olhar para teu amigo de pedal e dizer: NOSSA PEDAL COM ESSA BIKE É OUTRA COISA? Isso explica muita coisa.
Eu pessoalmente não consigo mais me ver sem uma suspensão hidráulica com trava remota total, sem meu canote de ajuste remoto, sem uma bike full e sem um grupo de transmissão leve e preciso Tenho que estar preparado para pagar o que o mercado me pede para ter esses benefícios.

Não é bacana julgar a bike de ninguém, já fiz isso e vejo o quanto estive errado. Fique atento ao que você precisa para fazer seus pedais com mais conforto e prazer. Curta a sua bike e deixe seu amigo curtir a dele.

Rodrigo Castanheira

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