terça-feira, 23 de junho de 2015

Guru Bike Fit System

Muito ainda temos que aprender sobre as opções de Bike Fit disponíveis no Brasil. Para quem não sabe bike fit é um estudo de medidas ergonômicas do ciclista que visa ajustar as medidas da bicicleta de acordo com a anatomia individual de cada um, melhorando sua performance, para os profissionais, ou simplesmente dando ao ciclista o maior conforto possível sobre a bike, evitando também pequenas lesões por má posição. Para a realização desse estudo é preciso que o profissional tenha treinamento adequado, conheça minimamente a fisiologia/biomecânica humana para que os resultados a favor do ciclista possam ser maximizados.
Muita coisa tem se desenvolvido nos últimos anos afim de auxiliar os profissionais desta área, inclusive softwares, que permitem criar uma mapeamento detalhado de cada atleta e assim chegar a um "fit" exclusivo para o mesmo. Hoje é possível encontrar até mesmo aplicativos para smartphones que ajudam, de forma generalizada, é preciso enfatizar, o atleta amador a encontrar sua posição em cima da bike. Eu digo de forma generalizada pois quando o profissional realiza o bike fit ele deve além das medidas ergonômicas do atleta, verificar possíveis limitações de movimento devido alguma lesão anterior e o tipo de trabalho que o atleta realizará em cima da bike. O bike fit de um piloto para o XCO não é necessariamente o mesmo que ele usará no XCM por exemplo.
A GURU FIT SYSTEMS levou isso a um nível altamente profissional, desenvolvendo uma plataforma dinâmica de mapeamento do atleta, permitindo um ajuste perfeito da bicicleta. O sistema consta de um nível de detalhamento muito grande, aumentando o nível de precisão de forma significativa. Basicamente são três passos, primeiro o escaneamento do atleta por um sistema de camera aonde são feitas marcações fundamentais e assim o sistema tem as medidas gerais do atleta. Segundo passo é o ajuste e teste na plataforma dinâmica ( como se fosse um simulador de bicicleta ) que permite o atleta verificar sua posição tanto em subidas ou descidas, pois a plataforma inclina para trás e para frente de forma automática para simular essas situações, sendo nesse momento também monitorado no software a atual configuração usada.Ai que esta o grande diferencial ,o milagre da tecnologia, a "bicicleta" através de sistemas hidráulicos ajusta de forma automática o fit das medidas, tendo como parâmetro de correção o "scan" que é feito enquanto o ciclista pedala através de uma câmera de alta definição e são capitados também potencia de pedalada em cada uma das posições verificando assim em qual posição o atleta emprega mais potência no pedal. Após finalizada as medidas e chegado ao posicionamento ideal o software pode até mesmo indicar um modelo mais adequado para seu corpo com base em mais de 1000 modelos registrados no banco de dados do sistema.
Vale a pena conferir...

http://www.gurucycling.com/wp-content/themes/bones/library/video/GuruFinal.mp4

Dica de manutenção: Suspensões


Todas as suspensões vem com uma recomendação de fábrica para receberem manutenção periódica, geralmente definida por horas de uso, porém vamos concordar que ninguém fica controlando por quantas horas de uso uma suspensão foi usada. Por que então as empresas usam essa unidade de definição? É a forma que eles tem através de testes feitos nas fábricas, para definir as alterações que a suspensão sofre internamente, seja na alteração das propriedades do óleo de amortecimento para as suspensões ar/óleo ou o desgaste de lubrificação e retentores de uma suspensão com o sistema a mola. Eles colocam a suspensão em atividade em máquinas que simulam o funcionamento e mensuram através de medições o ponto em que as alterações ocorridas comprometem o funcionamento do equipamento.
Na sua realidade eu recomendo que a revisão seja feita de 6 em 6 meses por um profissional qualificado e que tenha as ferramentas adequadas para a atividade, além de um bom torquímetro. Nessa revisão ele poderá fazer a troca de óleo, da lubrificação e verificar a necessidade da troca dos retentores e guarda pó de sua suspensão. Se você usa a bike na maioria das vezes em condições amenas ( sem chuva ou muita lama ) esses retentores tem uma vida útil muito boa, tipo mais de 1 ano, agora se o uso é extremo o ideal é que seja trocado a cada 6 meses. Muita gente acha um exagero, mas o papel desses retentores é impedir a entrada de sujeira externa dentro da suspensão. Essa sujeira danifica a superfície de deslize das bengalas e também as buchas de cerâmicas que tem dentro da suspensão que são responsáveis por manter a rigidez do sistema.
Não são raros as vezes em que desmontei uma suspensão e tinha uma quantidade considerável de sujeira no retentores.
Fique atento a manutenção de sua suspensão, é um equipamento caro e que requer cuidado.

Rodas para MTB

Comprar um montada de fábrica ou comprar as peças separadas?
Essa é uma questão que passa pela cabeça de muitos bikers, e inclusive já passou pela minha inúmeras vezes quando desejava fazer upgrade de rodas em minhas bikes.
Sempre achei melhor comprar as peça separadas pois além de ficar mais acessível você pode escolher peças de sua preferência e montar rodas totalmente enquadradas em seu gosto pessoal, com raios de medida específica, aquele cubo anodizado para dar o incremento no visual na bike e etc.
Após alguns anos posso aqui repassar minha opinião para vocês que acompanham a página do MTB-ES no face. Sem dúvida nenhuma para mim as rodas montadas são mais vantajosas, vou explicar o porquê.
Quando você decide montar suas próprias rodas, é preciso que você ou seu mecânico tenha uma prática muito boa, muito boa mesmo, em enraiar e dar a pressão correta nos raios além de possuir um tensionar de raios, que mede a tensão dos raio e permite ao profissional dar o ajuste mais preciso, e digo logo de cara, poucos tem isso na oficina. A grande maioria das vezes as rodas são montadas com foco no alinhamento, porém não há uma especificação da pressão ideal em cada raio para que o sistema tenha a rigidez adequada ( peso e tipo de pedal ao qual a peça sera submetida ) e assim ter a maior durabilidade possível.
Já as rodas de fábrica tem a pressão dos raios padronizado, ou seja, todos os raios são montados com a mesma pressão, e isso faz com que o sistema esteja perfeitamente rígido e tenha seu alinhamento mantido por muito mais tempo.
Já tive duas rodas montadas, uma montada por mecânico e outra enraiada e montada por mim mesmo. Em ambas as rodas de tempos em tempos era preciso que colocasse no gabarito e desse manutenção, por os raios perdiam tensão pois estavam frouxos ou quebravam pois o aperto foi alto demais. Porém as duas rodas de fábrica que tive, nunca precisei fazer qualquer manutenção. A primeira, uma roda DT SWISS X1600 que usei no All Mountain, muita pedra, muito pulo, muita vala, estão lá alinhadíssimas e perfeitas. O segundo par é uma roda montada de fábrica, com cubos deore, raios dt swiss e aros Syncross. Essa roda veio em uma bike destinada para XC/Trail e logo de cara disse pra mim mesmo que elas não suportariam pois eu estava acostumado a exigir bem de rodas destinadas para All Mountain, belo e grato engano, após 9 meses de uso elas continuam alinhadas e perfeitas, sem necessidade de qualquer manutenção.
Como qualquer tema, você vai encontrar pessoas a favor e contra essa minha teoria, fica aqui a minha percepção.
Abaixo assista o vídeo e confira como uma roda é montada na fábrica a entenda você mesmo: