sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Como configurar uma boa bike de Enduro para iniciar as atividades?

Se você ainda não tem uma referência clara de um bom setup para uma bike de enduro, que possa ser usada no dia a dia e que consiga atender todas as suas expectativas, esse artigo vai lhe trazer LUZ!

Intense Carbine 29" - Enduro Expertise?

Bikes 29" no mundo All Mountain / Enduro ainda são vistas como 'trambolhos", principalmente quando pensamos em curvas mais fechadas e trilhas mais sinuosas. A revista Bike Magazine teve como matéria de capa da edição 219 a avaliação da Intense Carbine 29" com 160mm de curso Frente / 140mm traseira.
O Rider responsável pelo teste, Pedro Pires, não poupou elogios a Carbine quando se trata de Enduro. Com pequenas ressalvas como caixa de direção muito alta, ele apontou que apesar das "rodonas" as Carbine 29" oferece uma tração muito grande dos pneus, por ter uma maior área de contato, deixando a bike mais agressiva e "produtiva" nas curvas. Com 67º de ângulo na caixa, ele elogiou a posição de ataque da bike nos rock gardens e Roots.
Acrescentando a minha opinião pessoal, ainda fico com as 27,5. Por serem mais ágeis, permitirem com o mesmo nível de equipamento bikes mais leves e por último e não mais importante, a torção das rodas 29" que ainda são de lascar!


Produção Brazuca na área.



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Avanço de Guidon. Qual escolher?

Avanço de Guidon. Qual escolher?
Muitos bikers que encontro pelas trilhas, uns amigos já de algum tempo, outros amigos novos, que vamos conquistando trilhas afora, me questionam sobre o tamanho do avanço de guidon melhor, principalmente se tratando de All Mountain.
Seria muita pretensão minha dizer que esse serve pra isso e aquele ser pra tal, porque a adaptação de cada um é muito específica e individual.
Eu já tive mesas de 80/70/60/50mm em bikes de All Mountain, e cada uma ...tinha um cenário diferente, bikes diferentes.
Atualmente a que mais me agrada, tanto para subir, permitindo que a bike fique estável na subida, sem ficar empinando, desgastando ainda mais na subida, são as mesas de 60mm e de 50mm. Ambas deixam a bike um pouco mais curta e muito ágil. Tanto uma como a outra, recomendo usarem com guidons de no mínimo 730, sendo o ideal 750mm de largura. Isso porque a distribuição da força recebida pelo solo fica muito mais direcionada para os braços, e o guidon largo ajuda a a distribuir isso tornando a pilotagem mais estável, e SEGURA.
Outra coisa que influência é a característica ergonômica de cada biker. Eu por exemplo tenho 1,76 de altura, mas meus braços e tronco são um pouco mais curtos, como uso bikes M a mesa de 60mm em termos ergonômicos é melhor pra mim em uma bike com head tube angle ( angulo da caixa de direção ) de 67º. Já a de 50mm deixa seu corpo mais para trás nas descidas mais ingrimes conferindo uma sensação de segurança na pilotagem.
Mas é aquilo, o que me agrada, pode não agradar você, mas uma coisa posso ajudar a definir junto contigo, mesas de bikes All Mountains, ficam entre 70 e 50mm, 70mm para quem tem os braços mais longos e gostam de render mais na subida, 50mm para quem quer curtir mesmo são as descidas, e 60mm o meio termo disso tudo.

Santa Cruz - Um posicionamento DIFERENTE!

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Rip Will Olson

Ao longo dos anos, meu estilo de mountain bike já passou por todas as fases, cross crountry competição ( amador ), trail ride ( década de 90 com nossas suspensões de 50mm ), downhill ( ainda naquele modelo kamikase downhill ), all mountain e enduro.
Mais precisamente nas modalidades, como os gringos gostam de chamar, gravity ride, o risco de acidente e lesões são constantes.
Confesso que nos dias de hoje, com meus 37 anos, não tenho mais a coragem nem a disposição de outros tempos. O instinto de preservação esta cada vez mais forte.
Sempre alerto meus amigos de pedal, aqueles super animados com as descidas técnicas e difíceis, que ainda não tomaram aquele capote sinistro, de ficar de molho alguns meses ( quem já passou por isso sabe do que estou falando ), cuidado, o mtb machuca, e pode machucar muito.
O nível dos profissionais esta cada dia mais alto, a tecnologia empregada nas bikes nos permite expandir nossos limites, e muitas vezes não administramos isso da forma correta.
Fabien Barel sofreu um acidente e ficou quase 1 ano afastado, com uma lesão grave da coluna cervical, que quase lhe deixou com sequelas permanentes, e que, esse ano, lhe obrigou a parar com as competições, visto os risco de lesão retornar em função do esforço exigido pela modalidade.
O EWS teve sua primeira vítima fatal, um piloto experiente, Will Olson, que andava forte, a muitos anos, cometeu um erro, e com isso perdeu a vida.
Lembre-se, pratique o MTB como fonte de saúde, adrenalina e diversão. Com o foco e a clareza de mensurar as consequências dessa ou daquela descida.
Supere-se, mas tenha como primeira opção a sua integridade física.


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Afinal.. O que é Enduro?

Afinal.. O que é Enduro?
Nos últimos dois anos quem curte bike, e não fica bitolado nessa ou naquela modalidade do esporte, já ouviu e viu muita coisa sobre Enduro. 
Para algumas pessoas essa palavra ainda não tem um sentindo claro, então vamos lá.
O Enduro é uma modalidade do mountain bike que consiste em uma competição que é formada pois dois tipos de percurso em uma mesma prova: os deslocamentos e as especiais.
O deslocamento é o trajeto feito de forma livre, que não influencia no resultado final da prova, que tem um tempo limite de conclusão e liga uma especial a outra, na grande maioria das vezes o deslocamento é o percurso que o atleta tem que completar para chegar no alto da montanha onde estão os portões de largada das especiais. Em alguns casos bem atípicos, como por exemplo em uma montanha muito grande que inviabilizaria os competidores de subirem pedalando, é usado algum tipo de transporte. Mas são em raríssimos casos. Ai você me pergunta, mas o que é especial?
Especial são os trajetos em downhill ( descida ingrime ) que são cronometrados, um modelo parecido com o que é feito nas tradicionais provas de downhill ( provas em que só há descidas e os competidores sobem as montanhas usando algum tipo de transporte ). 
O vencedor é o atleta que consegue na somatória dos tempos de todas as especiais da prova, somar o menor tempo.
Essa modalidade ganhou expressão e muitos fãs, depois que muitos atletas de elite do downhill, como Fabien Barel, Jared Graves e Anne Caroline Chausson migraram das competições de downhill tradicionais para o Enduro. Com isso a mídia especializada passou a acompanhar o campeonato mundial, o Enduro World Series e divulgar essa modalidade que em minha opinião é a essência do mountain biking.
Talvez o Enduro tenha sido o berço do mountain bike, lá nos anos 70 com Gary Fischer, Tom Ritchey, Joe Breeze e alguns outros malucos que com suas cruiser subiam as montanhas californianas para depois descerem usando a gravidade como força motriz.
O Enduro esta em alta, por ser completo, por ser divertido e por traduzir a essência do MTB.
   

terça-feira, 28 de julho de 2015

HeadTube Angle ..ou.. Angulo da Caixa de Direção.

Como o Angulo da Caixa de Direção pode influenciar na sua pilotagem, independente de qual modalidade do MTB você for seguidor?
Bom a geometria das bikes nos últimos anos tem evoluído a passos largos, graças principalmente em função da tecnologia empregada no desenho e engenharia de quadros. Softwares extremamente sofisticados, permitem aos engenheiros simularem o comportamento das bikes antes mesmo de ser construído um protótipo. Mais recentemente com o advento da impressora 3D esse processo ficou ainda mais preciso.
Nas bikes de AM e Enduro, podemos dizer que os ângulos das caixas de direção mais empregados no mercado vão de 65 a 67, dependendo da marca e curso empregado na geometria da bike.
Mas você sabe o que realmente o ângulo da caixa de direção afeta seu pedal?
Aqui vou fazer um breve explicação do que você pode prever sobre o comportamento de uma bike tendo essa informação em mãos, seja para a compra de uma nova bike ou simplesmente ajuste de geometria de sua bike, tecnologia empregada na grande maioria das bike destinadas para AM e Enduro que permite ajustes na própria bike com esse fim, como por exemplo a SCOTT que usa um sistema de ajuste de altura do movimento central que altera essa medida em 7mm e consequentemente em 0,5º o angulo da caixa de direção.
Bike com o ângulos mais alto como 68,5º por exemplo, a bike tende a ser mais arisca, mas propensa a respostas rápidas em curvas e responder de forma mais rápida a aceleração empregada pelo biker, isso porque com esse angulo a distancia entre eixos é menor. Esse angulo geralmente é empregado em bikes para trail, sendo que para bikes de cross crountry race podemos encontrar ângulos de 69º ( lembrando que a pequenas alterações conforme a marca ).
No mundo das Enduros temos angulos mais agudos, pois para estas bikes a estabilidade é importante devido aos obstáculos presente nas trilhas como pedras e raízes. 66,5º ou 66,8º fornecem uma distância entre eixos maior, o que permite maior distribuição dos impactos recebidos, tornando a pilotagem mais fluída e segura.
Quanto menor a angulo da caixa de direção, mais agressiva a bike se torna nas trilhas porque ela distribui melhor o impacto, dando margem ao piloto para soltar mais os freios e tirar mais alguns segundos do seu tempo de descida. Bikes de DownHill apresentam ângulos de 62º ou 63º, justamente porque seu objetivo é ter a maior estabilidade possível.
Então lembre-se, ao comprar uma bike ou alterar a geometria de sua bike ( caso ela tenha essa opção ), é esse o princípio aplicado.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Cubos... O que você precisa saber.

Um dos maiores mitos relacionados a peso que persegue bikers mundo a fora são os cubos. Quando se fala em peso, todos associam uma significativa responsabilidade aos cubos a favor ou contra.
Nem sempre tirar um cubo intermediário para colocar um cubo de topo de linha é sinal de perda significativa de peso. Em geral a diferença de peso entre esses dois níveis não é tão significativa.
Os cubos tem um relevância muito maior para os bikers que vai além do peso que é a rolagem e durabilidade.

Vou fazer aqui uma comparação real, que tive no meu cenário.

Comprei uma Scott Spark 730 e essa bike originalmente vem com cubos SHIMANO DEORE ( imagem 01 ) com o sistema de prender os discos de freios center lock, um padrão usado pela shimano. Confesso que assim que sai da loja já disse para mim mesmo, em voz alta, primeiro upgrade dessa bike vão ser os cubos. Como já tinha em casa um par de cubos, os aclamados HOPE PRO II EVO, e não é atoa, para mim seria somente o trabalho de enraiar as rodas novamente. O tempo foi passando e os cubos DEORE foram ficando na bike, e percebi que a rolagem dos cubos é muito boa.
Os cubos shimano usam colar de bilha ( imagem 02 ) que pra mim nunca foi algo muito bom porque a grande desvantagem desse sistema é a manutenção, pois as calhas onde as esferas atuam com o tempo se desgastam e a troca requer uma prensa para tirar e colocar novas calhas de rolagem. Mas olhe um pouco de minha incoerência, usei vários cubos de colar de bilhas, inclusive um par dos famosos parallax ( imagem 03 ) e nunca tive tal problema, mas sei na teoria que isso pode acontecer.
Outro fator é a precisão que precisamos ter para montar o cubo após a revisão. Para estes cubos há um torque preciso, que dificilmente esse ou aquele mecânico conseguirá colocar novamente. Baixo torque vai permitir folga no sistema, um torque exagerado pode aumentar o atrito entre as partes, acelerando o desgaste e prejudicando a rolagem da bike. Ponto negativo a meu ver.

Falando agora dos cubos HOPE ( imagem 04 ), esses cubos trabalham com rolamentos selados. O benefício dos rolamentos são a durabilidade e a facilidade de manutenção. Vale ressaltar que estes modelos de cubo permitem um upgrade muito bacana que é a instalação de rolamentos de cerâmica ( imagem 05 ). Rolamentos de cerâmica possuem maior precisão, maior durabilidade e menor peso. Um desejo antigo que ainda vai se concretizar, pois os preços não são nada amigáveis.
Quanto a facilidade de manutenção, o rolamentos podem ser trocados sem dificuldade pelo seu mecânico de confiança e adquiridos em lojas especializadas ou na internet.

Tendo esses dois cubos em mãos, optei por permanecer os cubos DEORE por um motivo. Quando pesquise o peso dos cubos, ainda não tenho uma balança de precisão para catalogar os pesos, falha minha, mas vamos lá, descobri que a perda de peso com a instalação dos cubos hope seria aproximadamente 100g, o que sabemos que para o esporte pode ser considerado por muitos uma baita diferença, mas pra mim que pedalo de forma recreativa não pesou tanto. Além disso minhas rodas são montadas de fábrica, com a pressão dos raios precisa e totalmente equilibrada, tanto que me impressiono até hoje com a rigidez e durabilidade de meu conjunto de rodas ( aros syncros, cubos deore e raios DT SWISS ). Por isso optei por não alterar. Aquela história, em time que está ganhando não se mexe.

Nos cubos traseiros ainda temos uma terceira parte, os freehub ( imagem 06 ) que é a peça onde o cassete é montado que transfere a força da pedalada para a roda traseira. Não são raros os casos em que esse freehub quebra e o biker fica literalmente a deriva no pedal. Quem já teve o problema sabe a chateação que é. Existem alguns padrões diferentes de freehub, e caso você precise trocar o seu é preciso saber o padrão correto para não ter problemas na instalação (  imagem 07 ). Acredito pessoalmente que não um freehub melhor ou pior, temos pequenas diferenças no peso, são peças que se desgastam e precisam de manutenção e limpeza periódicos para estarem sempre afinados.

Uma novidade que esta aos poucos chegando nas bikes topo de linha, de forma ainda muito tímida devido ao alto custo, são os cubos com chassi em carbono ( imagem 07 ). Esses cubos apresentam um perda significativa de peso em relação aos produzidos em alumínio, podendo chegar até 180g.
Confesso que indicaria esse mode de cubo para uso em modalidade mais leves como o XC, XCO ou XCM, modalidades em que os cubos não são expostos a grandes impactos ou torções, como no ENDURO ou DOWNHILL.


imagem 01

imagem 02

imagem 04

imagem 04


imagem 05

imagem 06

imagem 07


terça-feira, 23 de junho de 2015

Guru Bike Fit System

Muito ainda temos que aprender sobre as opções de Bike Fit disponíveis no Brasil. Para quem não sabe bike fit é um estudo de medidas ergonômicas do ciclista que visa ajustar as medidas da bicicleta de acordo com a anatomia individual de cada um, melhorando sua performance, para os profissionais, ou simplesmente dando ao ciclista o maior conforto possível sobre a bike, evitando também pequenas lesões por má posição. Para a realização desse estudo é preciso que o profissional tenha treinamento adequado, conheça minimamente a fisiologia/biomecânica humana para que os resultados a favor do ciclista possam ser maximizados.
Muita coisa tem se desenvolvido nos últimos anos afim de auxiliar os profissionais desta área, inclusive softwares, que permitem criar uma mapeamento detalhado de cada atleta e assim chegar a um "fit" exclusivo para o mesmo. Hoje é possível encontrar até mesmo aplicativos para smartphones que ajudam, de forma generalizada, é preciso enfatizar, o atleta amador a encontrar sua posição em cima da bike. Eu digo de forma generalizada pois quando o profissional realiza o bike fit ele deve além das medidas ergonômicas do atleta, verificar possíveis limitações de movimento devido alguma lesão anterior e o tipo de trabalho que o atleta realizará em cima da bike. O bike fit de um piloto para o XCO não é necessariamente o mesmo que ele usará no XCM por exemplo.
A GURU FIT SYSTEMS levou isso a um nível altamente profissional, desenvolvendo uma plataforma dinâmica de mapeamento do atleta, permitindo um ajuste perfeito da bicicleta. O sistema consta de um nível de detalhamento muito grande, aumentando o nível de precisão de forma significativa. Basicamente são três passos, primeiro o escaneamento do atleta por um sistema de camera aonde são feitas marcações fundamentais e assim o sistema tem as medidas gerais do atleta. Segundo passo é o ajuste e teste na plataforma dinâmica ( como se fosse um simulador de bicicleta ) que permite o atleta verificar sua posição tanto em subidas ou descidas, pois a plataforma inclina para trás e para frente de forma automática para simular essas situações, sendo nesse momento também monitorado no software a atual configuração usada.Ai que esta o grande diferencial ,o milagre da tecnologia, a "bicicleta" através de sistemas hidráulicos ajusta de forma automática o fit das medidas, tendo como parâmetro de correção o "scan" que é feito enquanto o ciclista pedala através de uma câmera de alta definição e são capitados também potencia de pedalada em cada uma das posições verificando assim em qual posição o atleta emprega mais potência no pedal. Após finalizada as medidas e chegado ao posicionamento ideal o software pode até mesmo indicar um modelo mais adequado para seu corpo com base em mais de 1000 modelos registrados no banco de dados do sistema.
Vale a pena conferir...

http://www.gurucycling.com/wp-content/themes/bones/library/video/GuruFinal.mp4

Dica de manutenção: Suspensões


Todas as suspensões vem com uma recomendação de fábrica para receberem manutenção periódica, geralmente definida por horas de uso, porém vamos concordar que ninguém fica controlando por quantas horas de uso uma suspensão foi usada. Por que então as empresas usam essa unidade de definição? É a forma que eles tem através de testes feitos nas fábricas, para definir as alterações que a suspensão sofre internamente, seja na alteração das propriedades do óleo de amortecimento para as suspensões ar/óleo ou o desgaste de lubrificação e retentores de uma suspensão com o sistema a mola. Eles colocam a suspensão em atividade em máquinas que simulam o funcionamento e mensuram através de medições o ponto em que as alterações ocorridas comprometem o funcionamento do equipamento.
Na sua realidade eu recomendo que a revisão seja feita de 6 em 6 meses por um profissional qualificado e que tenha as ferramentas adequadas para a atividade, além de um bom torquímetro. Nessa revisão ele poderá fazer a troca de óleo, da lubrificação e verificar a necessidade da troca dos retentores e guarda pó de sua suspensão. Se você usa a bike na maioria das vezes em condições amenas ( sem chuva ou muita lama ) esses retentores tem uma vida útil muito boa, tipo mais de 1 ano, agora se o uso é extremo o ideal é que seja trocado a cada 6 meses. Muita gente acha um exagero, mas o papel desses retentores é impedir a entrada de sujeira externa dentro da suspensão. Essa sujeira danifica a superfície de deslize das bengalas e também as buchas de cerâmicas que tem dentro da suspensão que são responsáveis por manter a rigidez do sistema.
Não são raros as vezes em que desmontei uma suspensão e tinha uma quantidade considerável de sujeira no retentores.
Fique atento a manutenção de sua suspensão, é um equipamento caro e que requer cuidado.

Rodas para MTB

Comprar um montada de fábrica ou comprar as peças separadas?
Essa é uma questão que passa pela cabeça de muitos bikers, e inclusive já passou pela minha inúmeras vezes quando desejava fazer upgrade de rodas em minhas bikes.
Sempre achei melhor comprar as peça separadas pois além de ficar mais acessível você pode escolher peças de sua preferência e montar rodas totalmente enquadradas em seu gosto pessoal, com raios de medida específica, aquele cubo anodizado para dar o incremento no visual na bike e etc.
Após alguns anos posso aqui repassar minha opinião para vocês que acompanham a página do MTB-ES no face. Sem dúvida nenhuma para mim as rodas montadas são mais vantajosas, vou explicar o porquê.
Quando você decide montar suas próprias rodas, é preciso que você ou seu mecânico tenha uma prática muito boa, muito boa mesmo, em enraiar e dar a pressão correta nos raios além de possuir um tensionar de raios, que mede a tensão dos raio e permite ao profissional dar o ajuste mais preciso, e digo logo de cara, poucos tem isso na oficina. A grande maioria das vezes as rodas são montadas com foco no alinhamento, porém não há uma especificação da pressão ideal em cada raio para que o sistema tenha a rigidez adequada ( peso e tipo de pedal ao qual a peça sera submetida ) e assim ter a maior durabilidade possível.
Já as rodas de fábrica tem a pressão dos raios padronizado, ou seja, todos os raios são montados com a mesma pressão, e isso faz com que o sistema esteja perfeitamente rígido e tenha seu alinhamento mantido por muito mais tempo.
Já tive duas rodas montadas, uma montada por mecânico e outra enraiada e montada por mim mesmo. Em ambas as rodas de tempos em tempos era preciso que colocasse no gabarito e desse manutenção, por os raios perdiam tensão pois estavam frouxos ou quebravam pois o aperto foi alto demais. Porém as duas rodas de fábrica que tive, nunca precisei fazer qualquer manutenção. A primeira, uma roda DT SWISS X1600 que usei no All Mountain, muita pedra, muito pulo, muita vala, estão lá alinhadíssimas e perfeitas. O segundo par é uma roda montada de fábrica, com cubos deore, raios dt swiss e aros Syncross. Essa roda veio em uma bike destinada para XC/Trail e logo de cara disse pra mim mesmo que elas não suportariam pois eu estava acostumado a exigir bem de rodas destinadas para All Mountain, belo e grato engano, após 9 meses de uso elas continuam alinhadas e perfeitas, sem necessidade de qualquer manutenção.
Como qualquer tema, você vai encontrar pessoas a favor e contra essa minha teoria, fica aqui a minha percepção.
Abaixo assista o vídeo e confira como uma roda é montada na fábrica a entenda você mesmo:




domingo, 12 de abril de 2015

Revolução? Nova bike tem shock integrado dentro do seat tube.

Novodade na área, e não é coisa pouca não. A empresa Bold Cycles se destaca no cenário MTB com sua tecnologia IST ( Internal Suspesion Tecnology ). O shock, DT Swiss, é instalado dentro do seat tube e tem seu funcionamento ligado a links desenhados de forma a transmitr a força vetorial diretamente no shock. Dentro algumas vantagens citadas esta a possibilididade de ter quadros de vários tamanhos, já que o shock não tem montagen no top tube. O frenagem não sofre influência quando o sistema de amortecimento esta ativo. O shock fica protegido dentro do seat tube.
É uma bela novidade. Eu pessoalmente achei não só o conceito bem bacana, como também a bike linda.

Att

Rodrigo Castanheira

quarta-feira, 25 de março de 2015

Iron Biker - Meu primeiro ano e os desafios da Preparação Física

Apesar de praticar mountain bike a mais de 20 anos, nunca participei de um Iron Biker, esse ano vai ser a minha estréia. Inscrição feita logo no primeiro lote, hospedagem garantida na casa de amigos em Mariana - MG, melhor acolhido seria impossível, vamos a parte mais difícil: a preparação.
Focando em completar a prova minimizando a golarização tenho que traçar minhas metas, adequar o peso e bike e focar na disciplina alimentar e treinos. Essa parte é a mais complicada.
Apesar de andar de bike a muito tempo, nunca tive um compromisso forte com alto desempenho, sempre pedalei por prazer e tive no All Mountain minha perspectiva mais prazerosa do esporte. Isso nos últimos dois anos mudou, passei a ter um satisfação muito boa em superar os meus limites físicos e melhorar a cada semana em cima da bike. Além da técnica, minha preocupação agora também é com o preparo físico.
Os últimos 10 anos dedicados ao All Mountain e Enduro me deram uma base técnica muito boa e que me permite ter aquela sensação boa nas descidas, mesmo com um bike de XC, full-suspension, sempre, porque por mais que eu tente não me rendo as hardtails. Ok, eu sei, elas são mais leves e rendem mais nas competições, mas não,por enquanto não, obrigado.
O bacana é que vai uma galera boa aqui do Espírito Santo, alguns conhecidos, outros não, porém o que importa é que a comunidade capixaba do MTB vai estar em peso em Mariana mostrando como o esporte cresceu e evolui aqui no estado.
No próximo mês começa minha rotina de treinos tendo como meta principal rodar 3 vezes por semana, sempre de MTB, diminuir massa corporal em 10%, que influencia diretamente no desempenho durante a prova e também buscar um percentual de gordura mais adequado para um atleta amador. O acompanhamento de um nutricionista esportivo é fundamental.
Nessa pesquisa por paramêtros científicos achei um artigo no site www.efdesportes.com muito legal que me trouxe uma série de informações bacanas, vale a pena a leitura.

Características antropométricas de atletas de 
mountain bike da Floresta Nacional do Araripe, Brasil

Introdução
    O Mountain Bike é uma modalidade do ciclismo praticado em terrenos irregulares e com obstáculos como em trilhas de montanhas, de fazendas ou em estradas de terra, sendo um esporte que exige destreza, potência e resistência dos praticantes (MOLINA, 2006). O gasto energético do ciclista neste tipo de competição é maior devido à perda de contato da roda da bicicleta com o solo que ocorre frequentemente (MACHADO et al., 2002).
    Esta modalidade esportiva exige uma alta intensidade de esforço e consequentemente um ótimo condicionamento físico dos atletas. No cross-country, um tipo de prova do Mountain bike realizada em circuitos fechados e com muita variação da inclinação do terreno, o esforço exigido se aproxima à potência aeróbia máxima com aproximadamente 90% da frequência cardíaca máxima (IMPELLIZZERI et al., apud COSTA, 2006).
    Apesar de existirem diversos tipos de provas no Mountain Bike e no ciclismo, em geral, a massa corporal é um fator que vai influenciar o desempenho do atleta, principalmente no que diz respeito às subidas, ou seja, quando é aumentado o dispêndio de energia (SWAIN, 1994; MACHADO et al., 2002). Segundo Costa (2006) e Machado et al. (2002), a massa corporal influi no desempenho das subidas devido à menor resistência do ar causada pela baixa velocidade, que corresponde as características do tipo de terreno destas competições, aumentando assim o gasto energético para vencer a força da gravidade.
    Para a obtenção de sucesso no esporte de alto-rendimento o perfil de composição corporal dos atletas deve adequar-se às características exigidas pela modalidade esportiva. Além disso, o tipo de equipamento utilizado também interfere na performance dos atletas durante as provas (DIAS et al., 2007). Assim, a cineantropometria aparece como um dos principais recursos para identificar e acompanhar aspectos relevantes para a prática de cada modalidade esportiva (MASSA et al., 2003). Ainda mais, pode-se melhor planejar o programa de treinamento dos atletas a partir da análise das características antropométricas, procurando melhorar o condicionamento físico e a performance dos mesmos.
    Grande parte da Floresta Nacional do Araripe se localiza na região Cariri, no nordeste brasileiro, se destacando em seus aspectos naturais através de seus recursos hídricos, minerais e paleontológicos (FREITAS, 2007). Tais características fazem com que este local se apresente como uma excelente opção da prática de esportes de aventura e de contato com a natureza. Segundo Martins (2006), estruturas físicas como as que fazem parte da Chapada do Araripe, a qual é legalmente reconhecida como área de proteção ambiental, pode promover diversos tipos de práticas de lazer e turismo, atividades físico-esportivas e outras manifestações corporais. Destas atividades o Mountain Bike apresenta-se como uma das mais praticadas na região, havendo competições periodicamente com etapas em diferentes localidades da Floresta Nacional do Araripe.
    Dentro da realidade local, verifica-se a existência de um baixo investimento econômico neste esporte tanto por parte das empresas públicas bem como das privadas, onde se observa que os atletas na sua maioria não recebem nenhum tipo de patrocínio, conduzindo-os inevitavelmente a terem que exercer suas atividades profissionais paralelamente à preparação física e esportiva. Além disso, tem-se observado que o treinamento é muitas vezes realizado de forma empírica, não tendo nenhum acompanhamento profissional. No entanto, não raramente alguns atletas tem se destacado tanto no cenário esportivo estadual bem como regional. Na intenção de encontrar resposta para este fenômeno, o presente estudo teve como objetivo analisar as características antropométricas de atletas de Mountain Bike da Floresta Nacional do Araripe comparando-os com atletas de outras regiões.
Material e métodos
    O estudo se caracteriza como sendo descritivo, quantitativo, com perfil e delineamento ex post facto (THOMAS; NELSON, 2002). A amostra foi voluntária, composta por 13 sujeitos do sexo masculino, com média de idade de 31,6 + 12,0 dp anos. Os dados foram coletados durante a etapa final do Cariri Mountain Bike realizada na Floresta Nacional do Araripe que serve como seletiva para a Copa Nordeste de Mountain Bike. Os atletas foram contatados e convidados a participarem da pesquisa sendo explicado os objetivos da mesma, como também os procedimentos aos quais seriam submetidos. Todos os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Pesquisas com Seres Humanos (TCLE), conforme a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2002).
    Para a coleta de dados foi utilizada uma balança antropométrica com estadiômetro Balmak® para as medidas de massa corporal e estatura, e um adipômetro Cescorf® na mensuração das dobras cutâneas subescapular, triciptal, peitoral, axilar média, suprailíaca, abdominal e coxa média, para estimativa da densidade corporal a partir da equação de Jackson e Pollock (1978) e posteriormente do percentual de gordura através da equação de Siri citado por Petroski (2007). Para classificação do percentual de gordura dos atletas utilizou-se o critérios de referência de Foss e Keteyian (2000) que propõe normas para o desempenho esportivo.
    Para efeito de comparação, os sujeitos foram divididos em dois grupos de acordo com os critérios da competição, sendo o grupo Super Elite formado por atletas das categorias júnior (n = 1), sub 23 (n = 4) e sub 30 (n = 2), e o grupo Super Master formado por atletas que competem nas categorias máster A (n = 2), máster B (n = 3) e máster C (n = 1).
    A análise se deu por meio de estatística descritiva de tendência central e dispersão, com os valores de média e desvio padrão. A normalidade amostral das variáveis foi verificada através do teste de Shapiro Wilk e a análise inferencial se deu com a utilização do teste não-paramétrico U de Mann Whitney com significância de 5%.
Análise e discussões
    A tabela 1 apresenta as médias e desvios-padrão das variáveis idade, massa corporal, estatura e percentual de gordura dos atletas dos dois grupos estudados. Foi observado que mesmo com a amostra apresentando uma grande amplitude da idade devido às diferentes categorias dos atletas, o teste Shapiro-Wilk apresentou homogeneidade em todas as variáveis.
Tabela 1. Médias, desvio padrão, mínimo e máximo para as variáveis estudadas (n=13)
Variável
Média
DP
Mínimo
Máximo
Shapiro-Wilk
Idade (anos)
31,6
12,0
17
51
0,203
MC (kg)
72,8
13,2
50,0
100,0
0,990
Est (cm)
170,6
8,0
160
189
0,236
IMC (kg/m2)
24,9
3,5
18,5
30,8
0,489
% de Gordura
17,6
5,3
10,1
30,3
0,494
Nota: MC = Massa Corporal; IMC = Índice de Massa Corporal; % de Gordura = Percentual de Gordura.
    Para analisar as características dos atletas sem as possíveis influências causadas pela idade, são apresentadas na tabela 2 as médias das variáveis estudadas na categoria Super Elite e na categoria Super Máster. Como se pode observar na maioria das variáveis as médias bem similares. Apenas na massa corporal o grupo Super Máster apresenta a média um pouco mais elevada. Ainda assim, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em nenhuma das variáveis antropométricas investigadas.
Tabela 2. Média, desvio padrão, mínimo e máximo para as variáveis estudadas (n=13)
Variável
Categoria
Média
DP
Mínimo
Máximo
P
Idade (anos)
Elite
22,2
4,9
17
30
0,003*
Máster
42,6
7,2
32
51
MC (kg)
Elite
71,0
13,0
50,0
89,0
0,668
Máster
74,9
14,2
58,5
100,1
Estatura (cm)
Elite
170,8
8,9
164
189
0,886
Máster
170,3
7,6
160
180
IMC (kg/m2)
Elite
24,3
4,0
18,5
30,8
0,775
Máster
25,6
2,9
22,8
30,8
% de Gordura
Elite
17,8
6,8
10,1
30,3
0,943
Máster
17,3
3,5
13,7
22,3
* diferenças significativas para p< 0,05. Teste U de Mann-Whitney
    No estudo de Impellizzeri et al. (2005) com 12 atletas de alto nível com média de idade de 25,5 anos, sendo todos participantes de competições internacionais foram encontradas médias de 66,4+5,7 Kg para MC e 176+7 cm para estatura. Já no trabalho de Costa (2006) com atletas brasileiros (média de 26,1 anos) que disputam campeonatos estaduais e nacionais as médias apresentadas foram de 68,4+5,7 Kg e 175,3+4,3 cm para MC e estatura respectivamente. Ambos os estudos apresentam médias de MC mais baixas que as encontradas na presente pesquisa, como também uma maior estatura.
    Como já foi supracitado a MC interfere diretamente no desempenho dos atletas de Mountain Bike. Sendo assim, pressupõe-se que os atletas da região do Cariri não apresentam um peso corporal adequado para as competições de alto nível, não só pelo fato de apresentarem uma média mais elevada, mas também devido ao alto desvio-padrão da variável MC que pode ter influenciado para a obtenção de uma média elevada devido aos valores extremos. Além disso, a média de IMC obtida pelos atletas da Floresta Nacional do Araripe apresentou-se bastante elevada. No estudo de Machado et al. (2002) com 10 atletas de Moutain Bike, a média obtida para o IMC foi de 20,8+2,1 dp contra 24,9+3,5 dp da presente pesquisa. Apesar disto, A influência da massa corporal definida pelo autor, deve ser considerada em função da massa gorda, uma vez que uma massa magra mais desenvolvida repercutiria num melhor desempenho, se considerarmos a maior capacidade de retenção de glicogênio muscular que favoreceria principalmente os relevos que requerem força.
    No que diz respeito ao percentual de gordura a média apresentada também se mostrou muito alta quando comparadas com outros estudos. Isto pode ser visualizado na tabela 3 que mostra as médias encontradas em alguns estudos realizados com atletas de ciclismo off road. Em nenhum dos estudos citados foram apresentadas médias tão altas quanto ao obtido no presente trabalho. Apesar de a maioria das pesquisas realizadas com atletas de Mountain Bike enfatizarem a influência da MC na performance do atleta, o percentual de gordura também está associado com este desempenho pois se correlaciona negativamente com a potência já que atletas com altos percentuais de gordura consequentemente possuem menos massa muscular magra (MOLINA, 2006; FOSS; KETEYIAN, 2000). Das técnicas utilizadas para a estimativa do percentual de gordura, apenas o trabalho de Costa (2006) se assemelha ao presente estudo, apesar disto, as diferenças foram muito discrepantes.
Tabela 3. Média e desvio padrão do Percentual de Gordura de atletas de Mountain Bike
ESTUDO
N
CATEGORIA
%G
Machado et al. (2002)
10
Atletas de elite
6,9 + 3,0
Costa (2006)
6
Atletas de elite
5,9 + 0,9
Molina (2006)
20
Atletas de elite
11,4 + 3,0
Lee et al. (2002)
7
Elite Internacional
6,1 + 1,0
Costa (2006)
8
Atletas amadores
5,8 + 2,1
    A figura 1 apresenta a distribuição de frequência dos atletas investigados a partir das normas de classificação para o percentual de gordura propostas por Foss e Keteyian (2000), que é utilizada como diretrizes para o desempenho esportivo. Apenas dois dos sujeitos submetidos ao estudo apresentaram um percentual de gordura classificado como ideal para a maioria dos atletas, sendo ambos da categoria Super Elite. Ainda mais, cinco (3 da categoria elite e 2 máster) sujeitos foram classificados fora da zona saudável sendo que dois deles se encontram com obesidade (um de cada categoria).
 
Figura 1. Percentual de frequência para as classificações do percentual de gordura dos atletas caririenses
Conclusão
    Os achados deste estudo evidenciam o quanto que os atletas de Mountain Bike da região do Cariri cearense estão acima dos padrões antropométricos ideais para a prática do esporte competitivo de alto rendimento. Em todas as variáveis investigadas os sujeitos apresentaram médias mais elevadas que os atletas de elite de nível nacional e internacional. Ainda mais, até mesmo quando comparados com atletas amadores (que não competem na categoria elite nas competições de nível nacional e estadual), a média do percentual de gordura mostrou-se muito alta. Sobretudo, vale ressaltar que o mesmo não se pode afirmar do grupo Máster, pois existe uma escassez de estudos realizados com atletas desta categoria impossibilitando tal comparação.
    Outro aspecto relevante aqui exposto é que não foram encontradas diferenças significativas entre as diferentes categorias em nenhuma das variáveis antropométricas mensuradas. Esperava-se que os atletas com idades mais avançadas tivessem obtido índices mais altos que os atletas mais jovens, no entanto, os resultados encontrados foram bastante similares evidenciando que os sujeitos mais velhos não comprometeram a média geral das variáveis.
    A característica amadora do esporte na região age como um dos fatores que influenciam para que as características dos atletas de Mountain Bike do Cariri não se assemelhe com os atletas de outras regiões. Além disso, o percentual de gordura e a composição corporal isoladamente não justificam o nível do desempenho esportivo. Existem outras variáveis que devem ser consideradas, tanto que alguns destes atletas costumam apresentar resultados relevantes em competições estaduais e regionais. A falta de patrocínio é o principal empecilho para que os atletas se dediquem de forma mais adequada ao treinamento da modalidade na região. É preciso que estes tenham uma orientação profissional para a periodização e melhor direcionamento do treinamento visando aprimorar as valências físicas exigidas para a prática do Mountain Bike em alto nível e todas as suas especificidades.

Autores:
Cícero Luciano Alves Costa1
Paulo Felipe Ribeiro Bandeira2
Hudday Mendes da Silva3
Glauber Carvalho Nobre4
Francisco Salviano Sales Nobre5

quinta-feira, 19 de março de 2015

SRAM e o tal sistema Boost

Olha, que a guerra entre SRAM e Shimano é travada ano a ano, cada uma com sua estratégia de mercado, pesquisa e desenvolvimento, todo mundo já sabe.
Com a chegada do novo XTR 2015, que trouxe novos diferenciais e melhorias para as relações 1x11, a Sram perdeu, se é que podemos dizer assim, aquela vantagem "técnica" que o mercado tinha de percepção quando comparava os grupos top de linha de ambas as empresas, aquela coisa do XX1 é mais leve, e mais preciso, dá menos problemas e ambientes desfavoráveis, etc.
O que fazer para sair na frente novamente e ter sua posição de empresa inovadora e desenvolvedora de novas tecnologias: Tirar da cartola uma nova tecnologia ( um novo padrão ) de peças para as bikes!
Muitos bikers se questionam: "é só para a galera gastar de novo trocando bikes"... como diria o bruto lá de Minas: tem isso sim! Mas as empresas alavancam seus negócios se diferenciando no mercado e assim lutam para minimante manter seu share de participação, mas o que todas elas buscam é sempre aumentar sua participação, liderar mercado.
O sistema Boost tem como teoria, de forma resumida - até mesmo pois ainda não tenho os detalhes mais complexos - resolver o problema da falta de rigidez das rodas 29r, reclamação de muitos bikers mundo afora e que abriu breja para a escalada de mercado das bikes com rodas 650b.
Segundo informações, com essas novas medidas, a posição dos raios nos cubos fica diferente do que temos hoje, e isso permite que o sistema de raios das rodas ofereça uma rigidez maior melhorando assim significativamente o desempenho da bike.
Por exemplo se um biker PRO fica em pé a bike e começa um forte sprint, uma parte da energia aplicada nos pedais se perde na torção das rodas, ou seja há um dissipação de energia entre o cubo e o contato do pneu com o solo.
Ok, a teoria faz todo o sentido, mas aqui pra nós brasileiros, bikers amadores, essa luta ta ficando cada vez mais desleal conosco, pois aqui no Brasil, essas novidades chegam cada vez mais caras e muitas vezes as peças de reposição não são  de fácil acesso.
Nos últimos 5 anos tivemos três grandes mudanças que bagunçaram a vida financeira de muito louco por bike: Opa.. olha eu aqui.
A entrada definitiva das rodas 29r como um modelo consagrado de eficiência e modernidade. As pobres bike de XC aro 26 foram ficando de lado e virou o patinho feito das bikes de alto desempenho no XC.
Questionando as rodas 29, surgiram as rodas 27,5 ( nas quais estou muito satisfeito em ser usuário ), e como diria o primo do Marco Véio: Taca-Le-Pau e corre pra loja.
Quadros e bikes de Carbonos com preços mais acessíveis. Vamos lá, você pode até negar, mas o sonho de consumo nos dias atuais da grande maioria dos bikers é ter uma bike de carbono. Leve, bonitas, elas se tornaram a referência para muitas empresas em termos de mercado, Hoje você chega no pedal e vê vários bikers com bike de carbono, a uns 5 anos atrás, ainda era algo só pra milionário.

Agora temos o tal Boost system, que pra mim que não sou um 26r rider, não irá fazer a mínima diferença.
Vamos ver em quanto tempo começara a chegar nas lojas brasileiras essa mais nova "mirabolante"
tecnologia.