Desde que eu começei a praticar mountain bike em 1994 venho acompanhando as mudanças no mercado mundial. As bicicletas estão em constante mudança, evoluindo materiais, componentes, geometria e mais uma série de coisas. Todas essas mudanças eram em torno de bikes puramente cross-crountry, ou seja, melhorava peso, sistema de amorteçimento mas a ídeia do cross-crountry sempre predominava. Porém nos ultimos 5 anos tive o prazer de acompanhar a evolução do downhill, pistas mais abertas ao público, saltos, muitos saltos, melhorando a "plástica" do esporte e assim aumentando a capacidade de explorar a mídia através de vídeos e fotos, principalmente a internet que sem dúvida nenhuma tem uma responsabilidade muito significativa sobre a popularização das vertentes mais radicais do MTB.
O downhill é uma modalidade para poucos pois além de exigir uma técnica apurada para realizar as manobras e superar os obstáculos exige uma dose de coragem que muitas vezes está mais "ligada" nos mais jovens, assim sendo, como atender aqueles que querem ter um pedal mais radical sem se expor aos exagerados risco do DH? Surgiu o all-mountain. Este sem dúvida nenhuma é a estilo de MTB que domina as linhas de pesquisa e desenvolvimento das empresas nos dias de hoje. Empresas líderes mundiais em mercado, pesquisa e desenvolvimento ano após ano lançam bikes com curso de 140, 160 ou 180mm com menos peso e mais adequadas para não só ofereçer diversão nas descidas mas também permitir ao biker avaliar seu desempenho nas subidas. É cá para nós, aqui no Brasil aonde em 90% das pistas é necessário subir com uma bike de DH com seus 17 ou 18kg empurrando é uma coisa que desanima muitos.
Acompanhandos os lançamentos da temporada 2011 vejo como as empresas estão focadas em diferençiar suas bikes para uma vertente mais agressiva, pois o mercado esta com um demanda altíssima para esse segmento. Whistler se tornou a lugar dos sonhos para 9 em 10 praticantes de MTB no mundo. As suspensões de 140 e 160mm são objeto de desejo de ínumeros bikers, pneus 2,3 estão cadas vez mais presentes nas bikes ( lembro-me da época em que nós nos arriscavamos morro abaixo com bikes de 50mm de curso e pneus 1,9 ), os quadros já estão preparados para saltos, rock gardens e tudo mais que um bom all-mountain ( ou trail bike como algumas instituições no mercado intitulam ) possa ofereçer.
Claro que o cross-crountry nunca vai deixar de ter a sua presença significativa no mercado, pois é uma vertente básica, primária para quem começa e deseja evoluir no esporte. Não existe all mountain ou downhill sem cross-crountry, faz parte, foi dai que surgiu tudo, mas o xc esta passando por uma repaginada, uma melhorada que é muito bem vinda.
Abraços e "good ride"
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